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Breve História

Desde a sua criação em 1978, o Campo Arqueológico de Mértola procurou desenvolver uma investigação científica multidisciplinar no âmbito das ciências sociais e humanas. Além de um interesse directo pela História e Arqueologia, os seus grupos de trabalho têm vindo também a dedicar-se à História Local, ao património histórico,  à herança artística e cultural, à Museologia e à Antropologia Física.

No que diz respeito à Arqueologia assinalamos as escavações, quer de emergência quer anteriormente programadas  (Alcáçova do Castelo de Mértola, Rossio do Carmo, Mesquita de Mértola, Castelo de Mértola, Achada de S. Sebastião, Cine-Teatro Marques Duque, Hospedaria Beira Rio, Biblioteca Municipal, etc.) na vila de Mértola e em outros locais da região; o levantamento da Carta Arqueológica do Concelho; e a conclusão dos seguintes projectos:

" Investigação em Arqueologia Medieval e Islâmica" (1987-1990), "Estudo Arqueológico do Bairro Islâmico da Alcáçova de Mértola" (1993-1996), "Mértola Islâmica. Recursos económicos e quotidiano" (1997-1999), e "Mértola. História e arqueologia da Alta Idade Média" (2001-2003), financiados pela FCT do Ministério de Ciência e do Ensino Superior (MCES), assim como os projectos "Escavações arqueológicas em Mértola, 1999-2002" e "Mértola e o seu Território na Antiguidade  e na Idade Média. Trabalhos Arqueológicos em Mértola 2003-2006", no âmbito do programa PNTA do Instituto Português de Arqueologia.

No âmbito do estudo e valorização do património, podemos citar os projectos seguintes: "Imaginária Religiosa do Concelho de Mértola - Inventário, estudo e organização museografia" (1991-1994), "O Casco Urbano de Mértola - Vectores Históricos de Organização Funcional" (1991-1994) e "Património edificado  e tecnologias tradicionais de construção" (1997-2000) apoiado pelo MCES.

Sobre a actividade científica em Antropologia Cultural os trabalhos mais relevantes consistem no levantamento e revitalização da tecelagem tradicional e nos projectos de investigação "Poejo, Mantas e Pão - um estudo de etno- tecnologias" (1992-1994) e "Mudança social e práticas alimentares no Concelho de Mértola (1960-1990)" (1997-2001), apoiados pelo MCES.
 
No que se refere à investigação museológica e museográfica, destaca-se o "Projecto de Museologia Local" (1997-1990) financiado pelo MCES e a concepção e a montagem dos núcleos do Museu de Mértola : "Castelo" (1991), "Basílica Paleocristã" (1993), "Tecelagem" (1998), "Ermida e Necrópole de São Sebastião" (1999), "Oficina do Ferreiro" (2001), "Arte Sacra" (2001) e "Arte Islâmica" (2001).

As actividades científicas do CAM permitiram organizar os seguintes acontecimentos científicos de âmbito internacional: IV Conferência Internacional "A Cerâmica Medieval no Mediterrâneo", Lisboa, 1987; "Hábitos alimentares e formas de habitar na Idade Media", Mértola, 1993; "Lisboa, encruzilhada de Muçulmanos, judeus e Cristãos", Lisboa, 1997; "Portos Medievais do Mediterrâneo", Mértola, 2001 e "Al-Ândalus Espaço de Mudança", Mértola, 2005.

O programa editorial do Campo Arqueológico de Mértola ultrapassa neste momento  uma vintena de títulos, de que se podem destacar a revista "Arqueologia Medieval" (9 números publicados), actas de colóquios e seminários, monografias científicas, uma série dedicada a estudos e documentos, os catálogos do Museu de Mértola e de exposições itinerantes e outras publicações de divulgação.

Para além da sua actividade científica, o CAM, motivado pela sua vocação de serviço público, tem colaborado em diversas acções de desenvolvimento local.

Corpos sociais

Os corpos sociais do Campo Arqueológico de Mértola são compostos por uma assembleia geral, uma direcção, uma comissão revisora de contas e um conselho científico.

A assembleia geral inclui todos os sócios do CAM e é o seu órgão máximo deliberativo. É presidida por uma mesa composta por presidente e dois secretários.

A direcção é o órgão executivo do CAM e é composta por um director, um secretário, um tesoureiro e dois vogais.

O conselho científico é um orgão composto pelos investigadores integrados na unidade de investigação e tem a seu cargo elaborar e coordenar projectos, preparar relatórios, estabelecer a programação da Instituição, etc... Actualmente integram a unidade científica os Professores Doutores António Borges Coelho, Claire Déléry, Cláudio Torres, José Mattoso, Juan Zozaya, Manuela Barros Ferreira, Maria da Graça Ventura, Santiago Macias e Susana Gómez; os Mestres Dominique LeBars, Nádia Torres e Virgílio Lopes; e os licenciados Ana Rita Santos, Lígia Rafael, Maria de Fátima Palma e Pedro Barros.

O CAM conta também com um conselho consultivo formado por pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, de reconhecida competência científica. Entre os colaboradores permanentes do CAM destacamos os Drs. Fátima Rombouts de Barros e Joaquim Boiça, assim como os mestres Alexandra Lima, Cristina Garcia, Fernando Branco  e Maria Ramalho.